Resenha do livro: O Arqueiro - Bernard Cornwell
Série: A Busca do Graal
Editora: Record
Ano: 2011
Páginas: 444
Avaliação: 4/5
Sinopse:
Aos 18 anos apenas, Thomas vê o pai morrer em seus braços após um ataque surpresa à aldeia de Hookton. Um lugar simples que escondia um grande segredo: a lança usada por São Jorge para matar o dragão, uma das maiores relíquias da cristandade. Em busca de vingança contra o homem conhecido apenas como Arlequim, o rapaz, um arqueiro habilidoso, se junta ao exército inglês em campanha na França, onde se envolve em batalhas e aventuras que, sem perceber, lançam-no na busca do lendário Santo Graal.
O Arqueiro é o primeiro livro da trilogia A Busca do Graal. Há muito tempo eu estava querendo o box, então, quando consegui os livros com desconto na Bienal, foi só alegria. O que me motivou a comprar o livro foi o fato de envolver arqueiros, pois sou fascinada por eles, e de se passar na Idade Medieval que, de longe, é a minha temática preferida. A capa super bonita foi um bônus muito bem-vindo.
Outro ponto forte do livro, antes mesmo da história começar, é o autor: Bernard Cornwell, que escreveu duas outras séries muito conhecidas: As Crônicas de Arthur e Crônicas Saxônicas. O mais legal é que todas as suas histórias são baseadas em eventos históricos e, por isso, grande parte do que está escrito realmente aconteceu.
A história do livro se passa durante a Guerra dos Cem Anos, entre França e Inglaterra, e tem como protagonista Thomas que, ao ter sua aldeia atacada e a lança de São Jorge roubada, promete ao seu pai que iria recuperar a lança. Ele, na verdade, nunca teve o intuito de procurar por ela, mas os acontecimentos constantemente o empurravam na direção da lança e do homem chamado Arlequim.
Thomas é um personagem cativante, diversas vezes eu me vi torcendo por ele ou hesitando em ler as próximas palavras com medo do que pudesse encontrar. E tenho que dizer que algumas vezes eu parava momentaneamente a leitura por não acreditar no que estava lendo e depois voltava ávidamente devorando todas as palavras até achar alguma parte que me tranquilizasse.
Devemos esse suspense a Sir Simon Jekyll que, por mais desprezível que seja, contribuiu muito para o desenrolar da história. Ele era um cavaleiro inglês que se tornou inimigo de Thomas, que, por sua vez, também não gostava nem um pouco dele. Os conflitos entre os dois ora satisfazem o leitor com a sensação de que Sir Simon teve o que mereceu, ora o afligem. Eu, particularmente, senti muita raiva do cavaleiro.
Will Skeat é outro personagem muito carismático que ganhou a minha preferência. Ele comandava arqueiros do exército inglês e sempre confiou em Thomas e procurou ajudá-lo. O que chama a atenção nele são as suas falas sempre irônicas e sarcásticas que, vez ou outra, me fizeram rir.
Apesar de cheio de bons personagens, muitas vezes o foco do livro são as batalhas. É aí que a escrita de Cornwell realmente se destaca, ele descreve com detalhes as táticas, campos de batalha, armas, vestimentas e batalhas. Algumas vezes, tanta descrição de tantas coisas acontecendo ao mesmo tempo podem parecer confusas e até mesmo dar um ritmo rápido demais aos acontecimentos, principalmente no final do livro, mas, na minha opinião, essa foi a intenção do autor, afinal, raramente guerras são organizadas.
O início do livro é muito bom, conforme a leitura avança eu senti que meu ritmo de leitura caiu um pouco, acho que paralelamente ao ritmo do livro cujas reviravoltas diminuíram um pouco, porém, uma vez que a leitura avance um pouco mais, chega-se na melhor parte. O final é ótimo, eu não consegui parar de ler até chegar à última página. Livro recomendadíssimo!
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