Resenha da minissérie: Os Pilares da Terra

Título original: The Pillars of the Earth
Diretor: Sergio Mimica-Gezzan
Criador: John Pielmeier
Elenco: Ian McShane, Rufus Sewell, Matthew Macfadyn, Eddie Redmayne, Hayley Atwell, 
Origem: Canadá, Alemanha
Ano: 2010
Gênero: drama histórico
Episódios: 8
Avaliação: 5/5 Favorito!

Sinopse:
Inglaterra, século XII. A morte do único herdeiro do rei Henrique I e o seu subsequente faleciemento leva o páis a sucessivas guerras entre os possíveis sucessores ao trono. Nobres e religiosos farão de tudo para ascenderem ao poder. É nesse cenário que Tom Builder (Rufus Sewell), pedreiro e mestre de obras cujo sonho é construir uma majestosa catedral, chega à cidade de Kingsbridge e tem a oportunidade de realizar seu sonho. Seu projeto, porém, enfrentará diversos empecilhos devido à briga pelo poder que se instaurou na Inglaterra. 

Essa minisérie é baseada no livro homônimo de Ken Follet. Para aqueles que não o conhecem, Ken Follet é um autor britânico, especializado em thrillers e romances históricos. Não li o livro, por isso não posso comparar a fidelidade da história da minissérie com a do mesmo, mas já digo que a adorei mesmo assim! Ela é curtinha, tendo apenas 8 episódios, e assisti vorazmente por três dias até seu fim, que muito me agradou também. 

O maior destaque desta minissérie, sem dúvidas, são os personagens. Bem construídos, cada um com uma personalidade singular, um desejo único e com sua própria história para contar. Vemos como em certos momentos seus objetivos convergem e há uma união entre alguns, que logo é quebrada quando seus interesses voltam a divergir. Isso porque a minissérie pode ser resumida a uma coisa: política. É o campo dos conflitos políticos que a todo momento dita as ações e atitudes dos personagens ou os afeta indiretamente. Nesse sentido, ninguém está isento de participação na disputa que se instaurou pelo trono da Inglaterra.

Como a série gira em torno da construção da catedral em Kingsbridge, Tom Builder, o construtor, é um personagem muito importante, apesar de não participar tanto dos conflitos políticos. Ele era casado, mas sua mulher veio a falecer ao dar a luz ao seu terceiro filho logo no primeiro episódio, e possuí outros dois filhos, uma menina, Martha, e um rapaz, Alfred . Seu filho mais velho partilha de seu entusiamo por construções e quer também construir uma catedral, sempre ajudando seu pai em seus planos. Afinal, naquela época, o trabalho era passado de pai para filho, que continuaria o legado do pai. 

A procura de alguma construção na qual pudesse trabalhar, Tom Builder e sua família caminhavam em uma floresta indo de uma cidade a outra. Nisso eles conhecem Ellen e Jack, mãe e filho, que moravam na floresta. Jack gostava muito de esculpir e Tom, vendo seu talento, decidiu transforá-lo em seu aprendiz. Eles acabam viajando juntos e, antes de chegarem a cidade de Kingsbridge, acabam indo para o castelo de Shiring, que é atacado pelos Hamleighs.

O motivo do ataque foi vingança, pois William, o único filho da família que deseja ascensão social, gostaria de se casar com Aliena, filha do conde de Shiring, mas ela o rejeitou. Esses dois personagens, junto com suas famílias serão importantíssimos para o desenrolar da trama. William toma o castelo do atual conde e condena-o a morte. Aliena jura para seu pai que recuperará a propriedade e o título de conde de Shiring, que será dado ao seu irmão, Richard. Enquanto isso a família de Willian, em especial sua mãe, trama junto com Waleran, que quer para si o cargo de arcebispo, para conseguir cada vez mais poder frente ao atual Rei.

Ainda há mais um personagem muito importante, o padre Phillip, prior de Kingsbridge. Tom o encanta com seu projeto de catedral e prior Phillip faz disso seu sonho também, uma vez que aumentaria o número de fiéis que iriam à cidade, as arrecadações e seria um marco eternizando seu nome. Com isso ele também enfrenta diversos problemas na construção da catedral, tendo que a todo o momento alterar sua posição política e seus aliados para conseguir dar continuidade ao projeto.

Todos esses personagens e suas histórias estão interligadas, sendo que as ações de um afetarão os outros. A história, portanto é complexa e até seu último episódio muito permanece sem resolução e desconhecido. A todo o momento vemos alianças feitas para destruir uns aos outros, o que nos prende à minissérie e gera sentimentos de revolta (pelo menos eu fiquei muitas vezes irritada com as desgraças que aconteciam aos meus personagens preferidos). Essas conspirações dão dinamismo à minissérie e, eu diria, que tiveram grande participação em torná-la uma das minhas favoritas.

Os cenários também são bonitos, principalmente as grandes construções e catedrais, que são o principal atrativo arquitetônico da era medieval. O figurino e caracterização dos personagens também me agradou bastante. Os produtores conseguiram deixar a minissérie bela, mas ainda condizente com a época em que se passava. 

Recomendadíssima a todos que gostarem de conflitos políticos e da idade medieval. Essa minissérie tem muitas reviravoltas e é imprevisível em algumas partes o que me agradou muito e me prendeu até o último episódio.

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